sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SLINGS PARA CARREGAR BEBÊS. JÁ OUVIU FALAR?



Gestantes antenadas já ouviram falar dessa nova maneira de carregar seus bebês.
Na realidade essa prática é antiga, as mães africanas já usavam e na Europa é comum de se ver. Essa faixa que fica envolvida ao redor da mãe ou do pai para que o bebê fique aconchegante no colo é chamada de “SLING”, e já existe um verbo para nomear essa prática: slingar !!!

Há vantagens físicas de carregar o bebê no Sling:

• Ele imita a posição natural dos braços maternos ao carregar o bebê. Ele segue a linha natural da coluna do bebê e não a pressiona diretamente em nenhum ponto.
• Transportar o bebê dessa maneira, e melhor ainda, na posição vertical, previne regurgitação e reduz a formação das cólicas, favorecendo a digestão.

O Sling não é usado só para bebês de colo, também pode ser usado quando a criança começa a sentar, auxiliando o novo movimento.

O sling promove o contato entre a criança e o carregador:

A criança transportada no sling sente os movimentos e o calor da pessoa que a leva. Ela participa o tempo todo, ouvindo sons e conversas, sentindo os movimentos, a respiração e os batimentos cardíacos. Esses estímulos proporcionam segurança, já que remetem ao período intra-uterino.

Essas sensações colaboram para o desenvolvimento de crianças mais calmas, tranqüilas e auto-confiantes. As mães que usam contam que as crianças dormem melhor.

O balanço promovido pelo transporte no sling é um estímulo muito rico para o equilíbrio e para as sensações que participam do desenvolvimento psicomotor.

Portanto, diferente do que a maioria das pessoas pensa, colo demais não é demais!!!! Quanto mais contato, mais carinho e participação, melhor será o desenvolvimento da criança. Crianças amadas serão crianças com elevada auto-estima e com certeza adultos bem resolvidos.

Para mais informações alguns links interessantes:
www.babyslings.com.br
http://www.e-familynet.com/artigos/articles.php?article=1165

Juliana Schulze Burti

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

FISIOTERAPIA NO TRABALHO DE PARTO



Pessoal,
tudo bem? Faz tempo que eu não coloco artigos...é a correria. Escrevi um para mandar para o www.mulhersaudavel.com.br e vou postar aqui para os blogueiros também. É sobre a atuação do Fisioterapeuta durante o trabalho de parto, para aquelas que preferem esperar o momento do parto chegar naturalmente, sem marcar cesárea.
Bom, boa leitura:

Fisioterapia durante o trabalho de parto pode ajudar?

A Fisioterapia, além de trabalhar com a gestante durante todo o período pré-natal, preparando-a, prevenindo e tratando dores comuns desse período, também pode ajudá-la durante o trabalho de parto.

O ideal é que a gestante já tenha tido pelo menos alguns contatos com o fisioterapeuta durante o período pré-natal. Durante as sessões ela fará exercícios de mobilidade pélvica, respiração, trabalho de assoalho pélvico, além receber orientações posturais e comportamentais que previnem desconfortos. Assim, a gestante terá consciência do próprio corpo, dos possíveis sinais de que a hora do nascimento está chegando e de como se comportar evitando complicações. Vários estudos mostram que uma gestante tranqüila tem maiores chances de ter um parto normal, também tranqüilo. A tensão dificulta o relaxamento das fibras musculares, o que dificulta o processo natural.

Por outro lado, a gestante que conhece seu corpo, sabe contrair e relaxar o assoalho pélvico, sabe respirar adequadamente, e assim, facilita a saída do bebê, evitando lesões nos músculos perineais.

Veja alguns dos eventos que podem sinalizar que a hora do parto chegou:

* Eliminação do tampão
* Rompimento da bolsa
* Presença de cólicas abdominais (pelas contrações uterinas)
* Essas contrações começam espaçadas e os intervalos entre elas vão diminuindo com o passar do tempo

Todas essas situações são comuns, e a gestante deve saber que passará por isso, evitando nervosismo e ansiedade desnecessários.

O QUE FAZER DURANTE O TRABALHO DE PARTO?

Esqueça aquela história de respiração cachorrinho: da maneira como ela é feita (respirações superficiais e rapidinhas), ela dificulta a oxigenação porque causa hiperventilação. Essa hiperventilação provoca o que chamamos de alcalose respiratória, que pode levar a uma vasoconstrição uterina, ou seja, menor oxigenação nessa região e isso é o que menos queremos durante o trabalho de parto. Pelo contrário, nessa hora o corpo precisa de uma maior quantidade de oxigênio.

Então o ideal é manter um padrão respiratório mais lento e profundo, o que facilita a oxigenação e acalma a gestante entre as contrações.

O trabalho de parto pode ser dividido em fases, e cada uma delas requer uma abordagem. Veja a seguir.

PRIMEIRA FASE DO TRABALHO DE PARTO


Essa fase é caracterizada pelas contrações uterinas, e se a gestante não necessitar de repouso, o ideal é que ela adote posturas em que se sinta confortável. Em pé e deitada sobre o lado esquerdo são as posturas mais indicadas, já que facilitam a descida do bebê. A gestante pode caminhar pelo corredor da maternidade, e quando as contrações chegarem, o ideal é sentar ou apoiar-se numa parede inclinando o tronco para frente e afastando as pernas, a fim de relaxar a região dorsal. O fisioterapeuta pode realizar massagem nessa região, o que tratá alívio da dor.

Não se recomenda a posição deitada por muito tempo nessa fase, porque dificulta o retorno venoso e não facilita as contrações uterinas. O ideal é realmente alternar os posicionamentos, dando preferência aos citados anteriormente.


SEGUNDA FASE DO TRABALHO DE PARTO

No final do trabalho de parto as contrações atigem frequencia maior, aumentam a intensidade e a duração. A cabeça do bebê já está baixa e chega o período expulsivo. Quando a gestante consegue participar desse momento, o período expulsivo pode ser facilitado. A posição ideal para essa fase é deitada com o dorso elevado e as pernas flexionadas e afastadas. Essa abertura facilitará a saída do bebê.

Normalmente a respiração ajuda nesse período. A paciente não deve fazer apnéia (bloqueio respiratório), porque isso pode favorecer lesões das fibras do assoalho pélvico. O ideal são respirações lentas e profundas.


Mesmo que a cesárea seja necessária, o trabalho fisioterapêutico no pré-natal e durante o trabalho de parto auxiliam a gestante a enfrentar essa fase com mais segurança, e mais, auxiliam-na numa recuperação mais rápida.

* agradeço aos modelos, Fernanda e João, que gentilmente ajudaram a ilustrar este artigo