terça-feira, 1 de dezembro de 2009

JÁ OUVIU FALAR EM CONES VAGINAIS?

Muitos casos de incontinência urinária feminina podem ser tratados de maneira conservadora, ou seja, não precisam de intervenção cirúrgica. Mesmo quando a indicação médica for uma cirurgia, o fortalecimento dos músculos da região do assoalho pélvico pode ser uma ótima alternativa para uma preparação pré-operatória.

Dentre as técnicas utilizadas para esse tratamento, que atualmente é conhecido como treinamento da musculatura do assoalho pélvico, estão os cones vaginais.

Quando as pacientes iniciam o tratamento conservador, muitas vezes ocorre dificuldade em realizar as contrações perineais de forma correta. Cerca de 30% das pacientes executam os exercícios de forma inadequada pois tem dificuldade de "perceber" essa região, o que é realmente difícil.

Para essas pacientes os cones são uma alternativa muito interessante.

Mas afinal, o que são os cones vaginais?

São dispositivos com forma e volume iguais, que variam de peso (entre 20 – 70g). Para facilitar eles possuem cores diferentes, conforme o peso. Internamente são compostos de aço inoxidável e são revestidos de plástico. Na extremidade inferior há um fio de nylon, que auxilia a remoção. (vide figura abaixo)

Como os cones auxiliam no treinamento do assoalho pélvico?

Eles são inseridos dentro da vagina da mesma maneira que os absorventes internos (o.b. e tampax). Para que eles fiquem lá dentro a paciente precisa contrair a musculatura do assoalho pélvico. A sensação do peso saindo faz com que a paciente contraia involuntariamente a musculatura correta. A escolha do peso é feita através de um teste: Verifica-se qual cone provoca a sensação de perda. Se com o cone de 20 gramas a paciente não tem essa sensação, ela deve passar para o próximo, e assim, sucessivamente. O treinamento é feito com o cone que “tende a cair”, até que a paciente melhore sua condição muscular e consiga contê-lo, passando então para o próximo.

Lembre-se: os cones são apenas uma das técnicas utilizadas na reabilitação. O ideal é mesclar várias formas de treinamento....mais para frente vou escrevendo um pouco de cada uma delas para quem tiver mais interesse.


É importante reforçar também que a utilização de qualquer técnica de reabilitação deve ter a orientação de um profissional habilitado, que saberá avaliar quais técnicas trarão melhores resultados para o seu caso e quais estão contra-indicadas. No caso da reabilitação do assoalho pélvico, o ideal é procurar um fisioterapeuta especialista!!!

Abs a todos

Juliana

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